11 de junho de 2009

Bicol

Noite de feriado de Corpus Christi. O que jantar? A sugestão era a barraquinha de churrasquinho coreano que fica na avenida Aclimação. E lá fomos nós procurarmos a tal barraquinha. E nada de acharmos o lugar. Resolvemos então ligar para uma amiga e pegar o "endereço" com detalhes. Mas, para nossa decepção, aparentemente a tal barraca só abre depois das 21 horas... e eram 7 da noite ainda... Para não ficarmos apenas na vontade de experimentar um novo lugar de comida coreana, resolvemos conhecer o Bicol. O restaurante fica em uma pacata esquina da super rotatória da Aclimação. Estacionar não foi problema por conta das muitas vagas na rua. Lá dentro, encontramos um ambiente espartano e com jeitão de restaurante de bairro, frequentado por famílias e moradores da Aclimação, descendentes de coreanos em sua maioria.
Olhamos o cardápio e, apesar de haver opções bem interessantes, obviamente a pedida tinha ser churrasquinho coreano, o bulgogi.


O bulgogi do Bicol antes da chapa com os "banchan"

O bulgogi é talvez um dos pratos mais comuns nos restaurantes coreanos paulistanos. Consiste de contrafilé ou outra carne de 1a linha cortada fininha e temperada à moda. Ele é preparado no "phan", uma espécie de calota (à gás ou elétrico) colocada a mesa e utilizada para grelhar a carne. O prato ainda acompanha vários "banchan", acompanhamentos diversos servidos em pequenos pratos ou cumbucas.
No Bicol, o bugolgi serve tranquilamente duas pessoas e é ligeiramente diferente dos outros que já experimentamos. A carne não vem exatamente fatiada, e sim, triturada em pedaços pequenos e delgados. Vira quase uma massa de hamburguer misturada com pedações de cebolinha. A carne cortada desse jeito frita rapidinho no phan e, orientados pelo garçom, tem que ser banhada com uma mistura de óleos que vem em uma jarra. O tempero dá um sabor especial e deixa a carne levemente doce e apimentada. Quase desmancha na boca e é super saboroso.


O bulgogi do Bicol NA chapa com os "banchan"

Os banchan que acompanham o bulgogi do Bicol eram um pouco diferentes. Os super tradicionais kimchi, legumes e verduras condimentados com pimenta, vieram em menor quantidade, dando espaço para os menos comuns como mortadela com pimentão e porções boas de jeon (uam espécie de panqueca coreana com cebolinha). Duas cumbucas de metal com arroz branco e uma saladinha com tempero bem forte também são servidas com o prato.


O bulgogi do Bicol na chapa com os caldinho da jarra

O garçom explicou ainda que caldo que que surge da mistura da mistura da jarra com os líquidos do grelhado pode ser misturado ao arroz e vira uma espécie de risoto. A colher de cabo comprido deve ser utilizada para esta finalidade. Experimentamos mas não achamos tanta graça assim na mistura.


Banchan e os alfaces de enrolar

Outra forma de degustar o bulgogi é enrolar a carne e acompanhamentos em grandes folhas de alface que também vem junto com o prato. Dá um certo trabalho mas fica gostoso.


A tradicional melancia grátis

Para encerrar, a tradicional melancia cortesia da casa. Parece ser um desencargo de consciência para o estômago depois de devorar um monte de comida apimentada e condimentada...

Enfim, o bulgogi do Bicol foi aprovado com louvor. É super saboroso e os R$ 68 investidos no prato valem a pena. Apesar do ambiente simples, a comida é bem gostosa e o atendimento correto. Com certeza voltaremos lá para o repeteco e experimentar os tais pratos diferentes.

> Bicol
Praça General Polidoro, 111 | Aclimação
3207 9893


Itadakimasuuuu!

Um comentário:

  1. Recomendo da proxima vez experimentar o garbo ao inves do bulgogui, trata-se sde costela marinada no mesmo molho do bulgogui.

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