28 de junho de 2009

P.J. Clarkes


Chegou a hora de conhecer o faladíssimo P.J. Clarkes São Paulo. O restaurante-bar-lanchonete chegou com as credenciais de ser a única filial do "famosíssimo" (entre aspas porque eu mesmo nunca tinha ouvido sobre, mas...) P.J. fora de Nova Iorque.

Ao chegarmos, estacionamento a módicos R$ 18,00 (com convênio...) e um ambiente escuro mas bem cuidado. A decoração com quadros e fotos temáticos de NY, vitrais e lustres estilo Tiffany´s cria o clima "novaiorquino" do restaurante que aparentemente vive lotado após receber diversos prêmios de "melhor hamburger da cidade". Seriam estes "canecos" realmente merecidos ou frutos da imensa badalação em torno da marca "gringa"? Reza a lenda que os sanduíches, junto com as ostras e o cheese cake são o fino da cozinha deles. E como hamburger é o que teoricamente os americanos melhor fazem - junto com ovos e bacon - a expectativa era grande.

Desta vez não se tratava de um programa a dois. Estávamos acompanhados de uma galera de comilões, entre eles o Hori e o Pepino e a Batata. Para a entrada, rolou uma cotoletta alla milanese - lombo de porco à milanesa - cortado em porções e um crab cake - bolinho de siri - repartido impiedosamente em vários pedaços. As entradas foram rapidamente destruídas pelos presentes, mesmo porque não podemos considerar as porções lá muito "fartas". Estavam gostosas. Mais o bolinho do que a milanesa, que era, digamos, normal.

Para a rodada principal, resolvemos dividir a porção do mini hamburger, que traz 3 unidades com queijos diferentes em cada sanduíche: ementhal, cheddar e mussarela. Acompanha ainda uma porção moderada de fritas. O prato é individual mas como estávamos apenas "beliscando", foi o suficiente. A carne é realmente muito saborosa, alta e grelhada ao ponto.


Porção de Mini Hamburger

Para sobremesa, a escolha lógica foi o NY Cheese Cake com calda de frutas vermelhas. Com toda a sinceridade, foi decepcionante. O cheesecake estava excessivamente "massudo" e salgado... a calda não tinha nada de especial. Pelo preço e fama que carrega, esperávamos uma sobremesa nível top... e na realidade ficou bem longe disso...


NY Cheesecake: decepção

A primeira impressão que tivemos do PJ Clarkes não foi positiva. O hamburger pode até ser bom mas o custo benefício deixa a desejar. Outros lugares tem sanduíches no mesmo nível mas com preços bem mais atraentes. As entradas são corretas e a sobremesa decepcionou... E a conta, como esperado é razoavelmente salgada para a combinação entrada, sanduiche e sobremesa divididos: mais de R$ 90,00. De qualquer forma, vamos dar uma segunda chance ao velho PJ para experimentar outros itens do cardápio.

Rua Dr. Mário Ferraz, 568
Jardim Paulistano - São Paulo

(11) 3078-2965
www.pjclarkes.com.br

Itadakimasuuuuuu!!

24 de junho de 2009

Road Burger



Numa noite de quarta-feira resolvemos conhecer um lugar novo de hamburguer. Recorremos à nossa listinha de restaurantes – temos um caderno onde anotamos todos os lugares que queremos conhecer. Na lista encontramos o Road Burger, uma lanchonete laaá na Mooca.



O tema do restaurante é a “route 66”. A casa parece mais um outback por fora, mas quando entramos encontramos várias motos espalhadas e uma decoração bacana – tudo a ver com a “route 66”.

O Road Burger é bem grande, porém, estava vazio então escolhemos um daqueles “sofazinhos”, uma mesa gigante que caberiam umas 10 pessoas.

A escolha foi o hotdog: Ariel



Hot dog com salsicha de 120g, queijo cheddar, batata chips do chef com pão de hot dog. Na primeira mordida, o cachorro quente estava delicioso, mas logo depois o excesso e talvez a baixa qualidade do cheddar deixaram o sanduíche muito enjoativo. No final só sobrou cheddar e algumas batatas no prato. As batatinhas estavam gostosas, crocantes e sequinhas. O prato deixou a desejar.

A outra escolha foi o famoso x-salada:



No cardápio, além dos hambúrgueres, há a opção de montar o seu próprio. A escolha tradicional foi o hambúrguer com salada. Avaliação: gostoso, mas nada espetacular e nada diferente. A maionese mostrou-se enjoativa como o cheddar.

Para o acompanhamento escolhemos a batata brava:



Batata assada com alho, catupiry e bacon. A baked potato estaria boa não fosse o exagero de queijo.

E para finalizar a noite: waffle!



Como tudo é exagerado, a sobremesa não poderia ser diferente. Muuuuita calda de frutas vermelhas (quase uma geléia..) e chantilly. Não dava nem para ver os buraquinhos quadradinhos da massa do waffle. Foi difícil de comer tudo.

Valeu a visita.

Resumindo: é uma lanchonete de exageros. Geralmente reclamamos da falta de recheio, mas lá acontece o inverso. Voltaria no Road Burger? Não sei, acho que não.

> Road Burger
altura do nº 3000 da av paes de barros | rua ibipetuba, 200 | mooca
2061-8176
www.roadburger.com.br



Itadakimasuuuuuu!!

16 de junho de 2009

Terraço Itália

Era um dia especial com muita coisa para comemorar que merecia visita a um lugar bacaninha e bem romântico. A escolha pode parecer clichê, mas o Terraço Itália continua a ser uma opção ímpar para passar passar ótimos momentos a dois. Inaugurado em 1967, o restaurante fica na cobertura de um dos prédios mais altos de SP (165 m) e possui uma das mais belas vistas da cidade. É também um dos lugares mais tradicionais da gastronomia paulistana. Muito pela localização e menos pela cozinha em si. E por conta disso, é altamente recomendado que se faça reserva antes de se aventurar por lá.


edifício Itália

Reservamos então o "jantar com piano ao vivo" (tem tb o jantar dançante e o bar, todos em ambientes separados). Na chegada, existe o vallet do restaurante (pago) espera na calçada da Av. Ipiranga. Depois pegamos um elevador até o penúltimo andar e outro que vai até a cobertura. Tudo devidamente sincronizado e operado pelos ascensoristas do próprio restaurante. Para começar o jantar, o couvert é obrigatório. Trata-se de couvert artístico acompanhado de pãezinhos, manteiga, sardela, beringela, mussarela e azeitonas. Couvert típico de restaurantes italianos por toda cidade. E é até compreensível, pois o restaurante é... italiano! De qualquer forma o couvert estava ok. Bons pães e acompanhamentos idem.



Couvert "artístico"

Depois do couvert, a entrada: um creme de polenta mole com camarões e lulas empanados. Foi uma ótima escolha, pois a porção veio bem servida e com ótima apresentação. A combinação do creme com as lulas e camarões empanados ficou muito boa.


polenta mole com lulas e camarões empanados



oia nois com a av. Paulista lá no fundão. A vista é fenomenal!

Depois da entrada generosa (foi quase um primeiro piatto...) escolhemos dividir um Brasato de Carré de Javali com Papardele de Amora. As costelinhas de javali vieram muito macias: derretia na boca... A massa veio no ponto: al dente. E o molho, parecido com um roti, dava um sabor forte à massa e ao javali. Um prato invocado, bem diferente das cantinas que encontramos por aí, mas muito gostoso. Ah! e a meia porção (que se paga um adicional de 30% do valor do prato) até que é bem servida e deu conta do recado.


Brasato de Carré de Javali com Papardele de Amora - essa é a meia porção...

Para fechar, a sobremesa escolhida foi um folhado de maçã com sorvete de vanilla em cima. A tortinha veio bem crocante e cheia de pedacinhos da fruta. O sorvete era um gelatto de boa qualidade mas provavelmente não era de produção própria. Ambos fizeram um par delicado e sem exageros. Não chega para ser uma das nossas sobremesas top mas certamente não faz feio e vale a pena!


folhado de mação com sorvete de vanilla -esses fiozinhos de ganache de chocolate estavam gostosos tb....

Para finalizar, a Raquel pediu um chá, escolhido entre várias opções de twinnings e acompanhado de diversos tipos de biscoitinhos. E depois ainda demos umas voltinhas no lado de fora do terraço. Nada nada ficamos no restaurante por mais de 3 horas! E nem vimos o tempo passar! Já a conta ficou acima dos 200 reais mas valeu a pena.


olha a vista do centrão de SP!! Vale do Anhangabaú lá embaixo!


Ó nois de novo, agora do lado de fora do terraço...


Visitar o Terraço Itália é uma experiência que vai além de uma boa refeição. Jantar com as luzes de São Paulo 165 metros abaixo não tem preço! Ou melhor... tem, e é caro... mas é uma experiência igualmente valiosa. Além da vista grandiosa, o piano ao vivo com boa música, as mesas espaçosas à luz de velas e o atendimento sempre cordial e prestativo ajudam a criar um clima especial que dificilmente um restaurante normal é capaz. Fica então a dica que não chega a ser nenhuma novidade: vá ao Terraço Itália para comemorar ocasiões especiais, principalmente se for à dois. E pode preparar o bolso também. Mas é sucesso na certa para uma noite muito agradável e inesquecível.

> Terraço Itália
Av. Ipiranga, 344 - 41º andar | Centro reservas: 2189-2929 www.terracoitalia.com.br

Itadakimasuuuu!

13 de junho de 2009

Namu | shabu shabu

Eu ia para uma reunião no Bom Retiro quando estacionei em frente a um ajeitado restaurante. Shabu shabu dizia a placa. Tinha uma idéia do que era mas nunca tinha experimentado. Resolvi que ia dar uma chance ao restaurante depois da reunião. Mas... a tal reunião foi super longa e quando retornei, fui gentilmente informado que o almoço estava encerrado. Peguei então um cartão de visitas e fiquei com o Namu na cabeça. Quando ia voltar para conhecer o shabu shabu do Bom Retiro? Algum tempo depois, veio a oportunidade. Sabadão de manhã, fomos (quer dizer, ela foi..) às compras na José Paulino e na volta, quase na hora do almoço, lá estava o Namu pronto para nos receber.
O ambiente é bem arrumado e limpo com móveis novos e de bom gosto. O atendimento é bem feito e cuidadoso. Chega a destoar dos outros restaurantes do bairro. A freguesia é predominantemente oriental e de origem coreana, mas o restaurante não é exatamente de cozinha coreana. No cardápio, aliás, haviam muitas opções interessantes de origens diversas, como o tonkatsu, o yakisoba (eu sempre quero experimentar yakisobas em todos os lugares), o enrolado vietnamita.... Mas tínhamos que experimentar o shabu shabu, que é a especialidade do lugar.


o ambiente do Namu

O shabu shabu é um misto de sukiyaki com um fondue (comparação beeeem grosseira...) de origem japonesa. Diversos ingredientes, entre eles legumes, macarrão, carnes, cogumelos são preparados na mesa em uma panela cheia com um caldo levemente temperado. Os ingredientes podem ser mergulhados em molhos que acompanham o prato e degustados de forma similar a um fondue.
No Namu, a tradicional entrada cortesia foi uma "delicada" salada de alface e folhas verdes temperada com um molho muito, mas muito apimentado. Para quem gosta, estava saboroso. Eu particularmente não consegui chegar ao fim e de quebra mandei meia lata de Nestea junto da salada....


Entrada cortesia: salada apimentada

Em seguida, chegou o kit shabu shabu que incluia uma porção de carne, verduras, legumes, kani, cogumelos, macarrão, arroz, molhos, panela a gás, potes, pratos e um garçom... Isso mesmo, um garçom! É fato que a maioria não vai ter idéia de como preparar o shabu shabu. Por isso, o restaurante instrui os garçons a prepararem o prato para os clientes, que apenas assistem e comem. No nosso caso, o garçom foi bastante atencioso e explicou passo a passo como se degustar a comida.


Kit shabu shabu do Namu

O preparo começa pelas verduras e legumes, que demoram mais para cozinhar. Tem de tudo: couve flor, repolho, cebola, acelga. Depois vem a carne, fatiada bem fininha. Depois os cogumelos, o kani. O líquido, que vem levemente temperado vai gradualmente ganhando os sabores do que cai na panela. E o que sai é degustado acompanhado com um dos três molhos: amendoim, pimenta ou shoyu. O 1o é o mais exótico, com gosto de .... amendoim mesmo... um pouco doce, e levemente amargo. O 2o é bem saboroso e razoavelmente ardido. E o último é uma mistura de shoyu menos concentrado e levemente adocicado. Eles combinam bem com o sabor delicado das iguarias que saem da panela, especialmente com a carne.


A carne fatiada do shabu shabu

E quando achamos que a refeição já está no fim, vêm o 2o round: o macarrão. É uma espécie de lamen verde de fabricação da casa, que é preparado no caldo resultante do cozimentos de todos os ingredientes anteriores. Vem até pedacinhos do que sobrou na panela. A massa é mais pesada e grossa que um lamen estilo Aska (um dia a gente traz fotos de lá também...) e o sabor é novamente bem suave. Dá sustância mas o melhor ainda estava por vir...


shabu shabu on the way

Não era o fim ainda... restava o grand finale! O caldo da panela ainda tinha o que dar. Enquanto terminamos o macarrão, o garçom coloca arroz, ovos e uma mistura de legumes picados e mistura com tudo o que sobrou na panela. Vira uma espécie de bi bim bap, um risoto, um soborô bem picadinho. Acha-se pedaços de tudo o que foi comido nas rodadas anteriores. Estranho mas muito saboroso. Junto com a carne, é a melhor parte da refeição.


bi bim bap? risoto? soborô?

No fim, os R$ 28 por cabeça investidos no shabu shabu valem cada centavo. O atendimento e o ambiente são simpáticos e a comida gostosa e farta. É uma experiência diferente que vale a pena. Recomendamos e retornaremos um dia para experimentar as outras opções do cardápio.

> Namu Shabu Shabu
Rua Prates, 221 | Bom Retiro
3228-6126


Itadakimasuuuu!

11 de junho de 2009

Bicol

Noite de feriado de Corpus Christi. O que jantar? A sugestão era a barraquinha de churrasquinho coreano que fica na avenida Aclimação. E lá fomos nós procurarmos a tal barraquinha. E nada de acharmos o lugar. Resolvemos então ligar para uma amiga e pegar o "endereço" com detalhes. Mas, para nossa decepção, aparentemente a tal barraca só abre depois das 21 horas... e eram 7 da noite ainda... Para não ficarmos apenas na vontade de experimentar um novo lugar de comida coreana, resolvemos conhecer o Bicol. O restaurante fica em uma pacata esquina da super rotatória da Aclimação. Estacionar não foi problema por conta das muitas vagas na rua. Lá dentro, encontramos um ambiente espartano e com jeitão de restaurante de bairro, frequentado por famílias e moradores da Aclimação, descendentes de coreanos em sua maioria.
Olhamos o cardápio e, apesar de haver opções bem interessantes, obviamente a pedida tinha ser churrasquinho coreano, o bulgogi.


O bulgogi do Bicol antes da chapa com os "banchan"

O bulgogi é talvez um dos pratos mais comuns nos restaurantes coreanos paulistanos. Consiste de contrafilé ou outra carne de 1a linha cortada fininha e temperada à moda. Ele é preparado no "phan", uma espécie de calota (à gás ou elétrico) colocada a mesa e utilizada para grelhar a carne. O prato ainda acompanha vários "banchan", acompanhamentos diversos servidos em pequenos pratos ou cumbucas.
No Bicol, o bugolgi serve tranquilamente duas pessoas e é ligeiramente diferente dos outros que já experimentamos. A carne não vem exatamente fatiada, e sim, triturada em pedaços pequenos e delgados. Vira quase uma massa de hamburguer misturada com pedações de cebolinha. A carne cortada desse jeito frita rapidinho no phan e, orientados pelo garçom, tem que ser banhada com uma mistura de óleos que vem em uma jarra. O tempero dá um sabor especial e deixa a carne levemente doce e apimentada. Quase desmancha na boca e é super saboroso.


O bulgogi do Bicol NA chapa com os "banchan"

Os banchan que acompanham o bulgogi do Bicol eram um pouco diferentes. Os super tradicionais kimchi, legumes e verduras condimentados com pimenta, vieram em menor quantidade, dando espaço para os menos comuns como mortadela com pimentão e porções boas de jeon (uam espécie de panqueca coreana com cebolinha). Duas cumbucas de metal com arroz branco e uma saladinha com tempero bem forte também são servidas com o prato.


O bulgogi do Bicol na chapa com os caldinho da jarra

O garçom explicou ainda que caldo que que surge da mistura da mistura da jarra com os líquidos do grelhado pode ser misturado ao arroz e vira uma espécie de risoto. A colher de cabo comprido deve ser utilizada para esta finalidade. Experimentamos mas não achamos tanta graça assim na mistura.


Banchan e os alfaces de enrolar

Outra forma de degustar o bulgogi é enrolar a carne e acompanhamentos em grandes folhas de alface que também vem junto com o prato. Dá um certo trabalho mas fica gostoso.


A tradicional melancia grátis

Para encerrar, a tradicional melancia cortesia da casa. Parece ser um desencargo de consciência para o estômago depois de devorar um monte de comida apimentada e condimentada...

Enfim, o bulgogi do Bicol foi aprovado com louvor. É super saboroso e os R$ 68 investidos no prato valem a pena. Apesar do ambiente simples, a comida é bem gostosa e o atendimento correto. Com certeza voltaremos lá para o repeteco e experimentar os tais pratos diferentes.

> Bicol
Praça General Polidoro, 111 | Aclimação
3207 9893


Itadakimasuuuu!

27 de maio de 2009

Desfrutti - faltou bossa!

Uma semana depois de um regime milagroso da sopa que faz secar de 5 até 7 kg! Todo dia tomando SOPA super "deliciosa" e super "saborosa" e mais alguma coisa do tipo: frutas, legumes, sopa, fruta, sopa, legume! No fim do regime vc não perde os quilos prometidos e fica fraca, trêmula e com uma suadeira que ninguém aguenta. Não recomendo! É melhor ficar gordinha...

Passada essa semana interminável da sopa fomos jantar algo light.

A escolha foi o Desfrutti onde podemos encontrar uma alimentação natural, balanceada e gostosa talvez.

O espaço é bem agradável, grande e arejado - bom para os dias quentes.
Era uma quarta-feira de noite, o restaurante estava bem vazio. O atendimento foi normal e educado.

A idéia era comer algo leve, mas começamos com o queijo coalho:



O queijo vem cortadinho num prato - bem apresentado. Porém, comum! O queijo não estava tão quente e poderia estar um pouco mais torradinho. Sem graça! Qualquer um faz isso em casa.

Depois da brilhante entrada resolvi escolher o prato principal: salada de tomate e rúcula.



- rúcula, tomate, mussarela de búfala, manjericão, lascas de pão sírio e molho de mostarda e mel. A descrição parecia ser apetitosa para quem estava de regime, mas faltou alguma coisa na salada, "faltou bossa"! Novamente o prato estava sem graça e muito comum. E, não é tão barato: R$ 16,90.

A outra opção foi a crepe:



O prato mais interessante da noite: crepe shitake / shimeji!


Apesar dos pratos dessa noite, tenho vontade de conhecer as outras opções do cardápio: wraps, crepes doces, sanduiches naturais e também os sucos esquisitos - parecem ser gostosos!



> Desfrutti
Rua Leopoldo Couto Magalhães JR, 987 | Itaim
www.desfrutti.com.br


Itadakimassu!

15 de maio de 2009

Mercearia do Francês

Após a bem sucedida visita ao Le Poèm Bistrot, resolvemos experimentar novos restaurantes franceses por São Paulo. Afinal de contas, precisávamos saber se aquele padrão de qualidade era característico da culinária gaulesa ou não. Escolhemos um misto de bar e restaurante localizado em uma pacata esquina do bairro de Higienópolis: a Mercearia do Francês. Nossa visita aconteceu em uma noite fria de 6a feira e o restaurante estava razoavelmente cheio mas, felizmente, não tivemos que aguardar por uma mesa. O ambiente é relativamente escuro e barulhento. Ambiente de barzinho mesmo, com direito a happy hours nas mesas vizinhas e garçons apressados para atender aos pedidos que não param de surgir. Como planejado, escolhemos as comidinhas de bistrot para degustar.


Omelette de Brie com Rúcula

A Raquel, como qualquer viciada em queijo brie, optou pela omelette de brie com rúcula, que vem acompanhada por uma salada composta de folhas, tomate, rabanete e moyashi. É uma boa omelete, mas nada que não seja possível ser feito em casa com bons ingredientes. A consistência é até boa mas não chega perto do omelete da Lanchonete da Cidade nos bons tempos. E o preço, quase R$ 30, não é exatamente uma pechincha...



Crepe Sarasin de queijo, presunto e ovo

Minha escolha foi a crepe sarasin de queijo, presunto e ovo que acompanha a mesma salada da omelete. Quando vi que tinha ovo nessa crepe, não tive dúvidas. Ovo em uma crepe imediatamente me traz boas recordações de um dos melhores quitutes que já comi até hoje! Mas que infelizmente fica muito longe para fazer um replay....
E essa crepe me pareceu sem graça... não que fosse ruim, mas a massa não parecia fresca e o ovo estava muito passado (eu gosoto "ao ponto".... ). E eu abri mão do monte te moyashi que veio junto com a salada. Custa pouco mais de R$20 e não se trata de um prato para guardar na memória ....



Ópera com sorvete de creme e calda de frutas do bosque

Como os pratos escolhidos não são exatamente gigantes, sobrou espaço para uma boa sobremesa. Escolhemos o Ópera, descrito pelo garçom como um "bisão" com sorvete e calda de frutas vermelhas. É gostoso mas um pouco pesado e massudo. Acaba ficando meio enjoativo a medida que se chega ao fim da guloseima. Bom para sobremesas mortais mas fraco no universo das maravilhas doces francesas. Custa R$ 16.



Creme Brulée

Junto com o ópera, pedimos também o Creme Brulée, uma tradicional sobremesa francesa composta de creme de baunilha gelado "queimado" por um maçarico. Esse sim estava bom de verdade. O creme estava com sabor super delicado e a casquinha do topo queimada na medida. Cada colherada era uma alegria! Apesar de razoavelemten caro - R$ 16 - vale a pena.

O saldo no final foi razoável. Talvez por conta da alta espectativa que alimentamos por se tratar de um restaurante francês. Os preços são até moderados para os padrões da culinária francesa. Por outro lado, a qualidade dos pratos também deixou um pouco a desejar. De qualquer forma, a Mercearia do Francês é uma opção razoável para quem tem vontade de experimentar comidinhas francesas mas não quer pagar tão caro.

> Mercearia do Francês
Rua Itacolomi, 636 | Higienópolis
www.merceariadofrances.com.br

Itadakimasuuuu!

13 de maio de 2009

Bardo Batata | Batata suíça


Não podia faltar a batata suíça aqui no blog! Eu amo batatas de qualquer jeito, pode ser frita, assada, cozida, purê...

O melhor lugar para comer batata rosti é o Bardo Batata. O restaurante é pequeno e tem 3 ambientes, o primeiro com umas mesinhas para casais, depois tem uma sala maior que acomoda grupos (somente um grupo grande) e mais para o fundo tem umas mesinhas junto com a adega – um local aconchegante. O lugar não é tão grande, mas nunca precisamos esperar para conseguir uma mesinha.

No cardápio encontramos entradas, algumas saladas, muitos tipos de BATATAS e sobremesas. O diferencial do Bardo Batata é a diversidade de recheios, tem para todos os gostos, desde o mais simples (presunto e queijo) até os mais moderninhos (brie com damasco).

Tudo muito bom, porém o atendimento poderia melhorar um pouco. Não são os mais simpáticos do mundo e fazem o trabalho deles: anotar o pedido, servir depois de muito tempo e no final entregar a conta.

Certo dia estava com muita vontade de comer no Bardo Batata. Foi para lá que fomos e pedi a Tanabata Matsuri (shitake, shimeji, paris, azeite, alho, molho shoyu). Quando o prato chegou à mesa vi que estava meio escuro e quando dei a primeira garfada senti o gosto de queimado. A batata tinha demorado demais e passou muito do ponto. Então, chamei o garçom e reclamei que a batata estava queimada e queria que trocasse. O garçom, com aquela má vontade, tirou o meu prato e levou para o balcão da cozinha (dava para ver da nossa mesa), o cozinheiro por sua vez, sem olhar para o prato, disse que a batata era assim mesmo e tinha ficado escura devido ao molho shoyu e que não era para trocar. O garçon disse o mesmo para mim e continuei dizendo que estava com gosto de queimado e não era o molho que deixou a batata daquele jeito. Enfim, trocaram. Esperei mais um tempão para finalmente comer a minha tão desejada tanabata matsuri. Ao sair do estabelecimento disse que nunca mais voltaria lá...

Voltei.

Depois de muito pensar na escolha, a pedida foi a Bacon (R$ 18,90 – porção individual):



Perfeita, não veio queimada!
A batata estava muito gostosa e o recheio na medida certa, porém concentrado em um dos lados da batata. O bacon não estava tão forte e combinou super bem com o requeijão e com a batata. Para os amantes de bacon eu recomendo essa escolha.

A segunda pedida foi a moderninha Anita Garibaldi (R$ 25,80 – porção individual):



Queijo brie, damasco e creme de alho poró são os ingredientes do recheio. Um tanto diferente e como sou uma amante de queijo brie, não tive dúvida.

A batata estava uma delícia, dava até para sentir o gosto do queijo brie, que por ser um ingrediente mais caro eles sempre economizam. O sabor doce do damasco misturado com o sabor do queijo deixou o recheio super equilibrado, mas faltou o alho poró que não dava para perceber que estava presente.



Depois de umas boas garfadas o problema foi o exagero de damasco...

Chegou a uma parte da batata que eu sentia apenas o gosto do damasco e o principal – o queijo brie – ficou de lado. Muito damasco deixou a batata super enjoativa!



No fim da noite, damascos sobraram no meu prato e ao pagar a conta deixei a minha crítica sobre o recheio com a atendente do caixa. Espero que melhorem, porque a combinação é bem interessante.

Sobremesa ficou para a próxima.



>Bardo Batata
Rua Bela Cintra, 1333 | Jardins
Convênio com Estacionamento em frente.
F11-3068-9852 ou 3086-2111
http://www.bardobatata.com.br


Itadakimasuuuu!

6 de maio de 2009

Yakitori

Robatas! Robatas! Robatas!

Robata é um espetinho grelhado, pode ser de legumes, peixes, carnes, frutos do mar e por aí vai. As robatas geralmente são servidas com um molho tarê – molho agridoce a base de shoyu. Não vamos confundir com um churrasquinho jundiai ou mimi, a robata é bem melhor, porém, menor!

Vamos ao que interessa:

O restaurante fica em Moema. O lugar não é muito bonito, a fachada é de vidro e a primeira coisa a ser notada lá de fora é a fumaça do ambiente. Ok, é uma robataria, tem grelhados, ou seja, fumaça! Vamos todos sair defumados! O atendimento é normal (nem ruim e nem espetacular), os garçons não sabem explicar direito o que é cada coisa daquele cardápio.

Freqüentadores: tem bastante japonês japonês.

O intuito era comer robata, então vamos lá:

Robata de batatinhas:



Eu amo batatas, mas quando coloquei essa batatinha na boca veio a frustração. As batatas estavam frias (para não dizer geladas) por dentro.
Entendo que chegamos meio tarde, o restaurante estava fechando e o pessoal já estava com vontade de voltar para suas respectivas casas, mas isso não justifica a minha batata gelada (hehehe). Faltou uma manteiguinha...

Tomate cereja com bacon:



Um espetinho exótico. Espeto de tomate? Com bacon? Apesar de estranho estava muito bom. O bacon estava no ponto certo, bem torradinho mas não tostado e o tomate quentinho. As duas coisas combinam super bem!

Asinha de frango:



Acho que esqueceram na grelha... tava gostoso!

Oniguiri com salmão:



Esse eu pedi bem torradinho e veio do jeito certo! Bem crocante por fora e macio e quente por dentro. Bolinho de arroz com salmão, muita gente acha sem graça, mas vale à pena. Acho que foi o melhor oniguiri que comi nos restaurantes, mas tem que ser bem torradinho.

Berinjela:



Espeto com uma berinjela gigante acompanhado por missô. Esquentar a berinjela na grelha não tem muito segredo, mas sobre essa robata havia umas “coisinhas” de peixe (não sei o nome) que deram um toque especial à berinjela. Aprovado!

Língua de boi com uma saladinha:



Língua de boi grelhada é sempre maravilhosa! As fatias estavam fininhas, macias e super saborosas com um molho de gengibre e shoyu bem suave.

Pele de frango:



Aqui está ela novamente... a pele de frango! Pura gordura! Ninguém resiste à gordura quando ela está crocante. Não precisa nem de molho tarê. Esse espeto demora mais para ficar pronto que os outros. Quando pedimos, pensamos que haviam esquecido porque nunca chegava a tão esperada pele de frango – kawa.

Sorvete de matchá:



Não dá para explicar o sabor desse sorvete...
Curioso, estranho, gostoso, amargo, esfarelento, diferente, chá verde em pó...
Sempre existe aquela vontade de comer um sorvete de matchá, porém sempre são aqueles industrializados importados. Esse era diferente, feito na própria casa! Perfeito! Ótima pedida para encerrar a comilança.
Chegou um sorvete verde na mesa... A primeira colherada... Não sei o que pensar... o sorvete derreteu na boca e continuei com uma cara estranha... Que tipo de sorvete era aquele? Pela descrição parece que eu odiei, mas não, o sorvete é uma experiência única. A primeira colherada vc estranha, a segunda vc começa a aceitar a idéia e depois vc já se acostumou com o sorvete e ele fica gostoso! Ele é bem amargo e parece que tem pozinho de chá instantâneo.


resumindo: as robatas são ótimas, mas falta variedade!


> Yakitori
av. dos Carinás, 93 | Moema
11 5044 7809


itadakimasuuuuu!


29 de abril de 2009

Bellosguardo

Essa é bem rapidinha porque nem anotamos muitas coisas sobre o restaurante... Em uma 4a feira, indecisos sobre onde jantar, resolvemos conhecer um lugar novo. Escolhemos então o Bellosguardo, uma cantina italiana localizada no coração de Moema. Chegando lá, descobrimos um restaurante que oferece manobrista grátis a seus clientes e que possui um ambiente amplo e arrumado. O cardápio é razoavelmente enxuto para uma cantina, mas as tradicionais e generosas porções para duas pessoas está presente.

Bebidas já pedidas, consultamos o garçom para escolher a entrada: "Esse bolinho de arroz é muito grande? Quantos que vem na porção? Dá p/ quantos?" Resposta: "Ahh.. é bem pequenininho, vem só 8, dá p/ vcs dois só..."


"Bolinhos" de arroz

Pedimos então os minúsculos bolinhos de arroz.... Que na realidade tinham tamanho ligeiramente maior, uma bola de diâmetro próximo ao de uma colher de sopa! E realmente, deu p/ nós dois e levamos ainda uma quentinha que foi devidamente consumida no dia seguinte.... Mas os "bolinhos" são gostosos de verdade. O arroz é recheado com um pouco de queijo, empanado e frito. Fica crocante e saboroso, mas sem exageros. Vale a pena mesmo sendo obrigado a portar uma quentinha na saída...



Spaghetti ??? só sei que a massa é caseira...

Em seguida, já semi-saciados, escolhemos dividir um único prato inteiro para duas pessoas. Entretanto, é possível se servir de meia porção por valor ligeiramente superior a metade do preço do prato. No caso, a escolha caiu em um spaghetti de fabricação própria (a maior parte das massas de lá são caseiras) com molho de tomates frescos, mussarela de búfala e folhas de manjericão. O macarrão veio no ponto em que gostamos, al dente, e com um molho que complementava a combinação com um sabor bastante suave, sem exageros típicos de muitas cantinas. Já o tamanho da porção é realmente grande e serve tranquilamente duas pessoas por um preço bastante justo.
No fim, comemos muito e muito bem. O Bellosguardo é uma boa opção de comida italiana em Moema e vale a pena ser visitado novamente. E já que esquecemos de anotar o nome do prato degustado, temos uma boa desculpa para o retorno: experimentar novos quitutes e corrigir a nossa "falha".

itadakimasuuuuu!

Bellosguardo
Alameda dos Arapanés, 1344 - Moema

26 de abril de 2009

Bar do Alemão

O sabadão ia ser corrido: torneio de poker de tarde e depois "tanomochi" da família a noite no Bar do Alemão. Ele já estava em nossa lista de "visitas programadas", afinal de contas, sou um genuíno fanático por bifes a parmeggiana e jamais poderia negligenciar o mais famoso exemplar deste clássico da culinária italiana. Reza a lenda que o "Alemão" de Itu foi fundado em 1902 e, desde então, seu famoso filé a parmeggiana gigante se tornou no carro chefe da casa. Já tínhamos planos de ir até o interior de SP experimentar essa iguaria mas fomos surpreendidos pela inauguração da filial paulistana no fim do ano passado. Cruzar o caminho da parmeggiana gigante agora era questão de tempo....

Após minha performance azarada e desastrosa no baralho, chegamos à filial instalada em Moema. O ambiente amplo e arrumadinho comportou as duas mesas gigantes com quase 40 pessoas no total... família grande! A escolha do cardápio foi coletiva e bastante óbvia: parmeggiana!!


Até rolou uma saladinha generosa de entrada. Mas o que importava veio depois: bife a parmeggiana, arroz e batatas fritas! As batatas vieram em estilo de cantina italiana: cortadas curtas e grossas, bem crocantes por fora e macias por dentro. Totalmente aprovadas, ainda que em qunatidade insuficiente para o gigantesco (gigantesco mesmo) bife que se seguiria...




Não é foto montagem... Reparem no tamanho dos talheres na borda da badeja.... O bife a milanesa bem fininho vem totalmente mergulhado no molho de tomate e coberto com mussarela e parmesão. Um clássico!



Não, não se trata de uma pizza apesar do diâmetro ser similar a uma boa "redonda". Os garçons serviam frenéticamente nossa mesa, recortando o bife super macio sem usar faca! O garçom da uma "bifada" em cada prato e uma porção de arroz do lado. Cada "parmê" serviu no mínimo 5 pessoas.... São mais de 700 g de carne e quase 500 g de queijo!!!



Em resumo, além do tamanho titânico do prato (que também é servida em meia porção, inidicada para 2 a 3 pessoas...), a parmeggiana do alemão é muito saborosa e merece a boa fama que carrega há tantos anos. Não decepcionou no sabor e muito menos no tamanho. Certamente voltaremos lá p/ experimentar os diversos pratos "alemães" do lugar. Seja aqui em SP ou em uma viagenzinha p/ o original de Itú.

> Bar do Alemão
Av. Juriti, 651 | Moema

Itadakimasuuuuu!